26 de abril de 2008

O "achamento"do Brasil



Perdoem-me todos... os portugueses, os brasileiros, os que vêm ao blog e os que não vêm...
A data (22 de Abril) por que eu esparava à algum tempo e já tinha pensado fazer um post passou, e eu esqueci-me.
Pois bem, o importante desse dia é que se completam 508(!!!) anos que as histórias de Portugal e do Brasil se uniram, para partilharem tantas coias, boas e más, nos séculos seguintes...


Em 22 de Abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil!!!!


E ainda hoje, eu acho, estes países irmãos caminham sozinhos, mas paralelamente, à distância de um Mar, separados pelas diferenças geográficas e culturais normais tendo em conta que estão em contextos, aliás Continentes, tão diferentes como a Europa e a América do Sul, mas ainda assim marcados por uma herança comum, um património comum, uma história comum (nem sempre de orgulho para Portugal...) e uma língua comum Uma série de afinidades que perduram entre dois irmão separados há muitos muitos anos.


A situação de ambos os países não é muito boa.
Quer a nível económico, nos dois; quer a nível social (no Brasil , muito mais do que aqui...); quer político (a factura a pagar por duas democracias a passar pela complicada fase da adolescência e dos excessos... rs -o ano de 1974 para Portugal foi 1985 para o Brasil...).

Ambos os países parecem estar a passar uma crise de identidade.

O Brasil, grande e poderoso, é um dos gigantes adormecidos (como a Índia). Perdido nos complicados problemas sociais, entregue a uma classe política em boa parte corrupta e incompetente, que por sua vez leva naturalmente o povo a "afastar-se" dela, o que leva a mais problemas, tarda a enconrar o rumo certo, e quanto mais se afasta, mais caminho há a percorrer.


Ás vezes dói ver um país com tantas potencialidade, tanta beleza, 190 milhões de pessoas e uma personalidade tão característica passar por tudo o que passa, sofrer como sofre.








Por isso, por respeito a todas as coisas más, é me impossível "amar" o Brasil... Assim como não amo Portugal, mas fora isso, têm os dois lugares priviligiados do meu coração. Uma "espécie" de amor rsrsrs






A recuperação há de acontecer, ainda que a demora leve à descrença e à falta de esperançae muitos, cada vez mais, compreensivelmente duvidem disso (talvez se vivesse no Brasil não teimasse assim tanto em querer ver uma luz no fundo do túnel...)
A recuperação, dizia eu, será um processo díficil, duro e demorado, mas um dia o Brasil há-de encontrar o rumo certo, e dar a volta por cima.... Nas previsões mais optimistas que tenho ouvido isso já está, muito muito lentamente a acontecer e, ao que sei, as coisas podem começar a melhorar (se calhar porque já não podem piorar mais...).

Esperemos que sim!!!!!!
Quanto a Portugal, à sua maneira, quase 100 vezes mais pequena que o Brasil (em área rs), passa por problemas relativamente equiparáveis a nível económico e político, mas a nível social as situações são distintas e incomparáveis, ainda que tenham piorado um pouquinho nos últimos anos, está a anos luz da situação do Brasil.


E acredito, cada vez um pouco menos, que um dia também passaremos este período mais díficil.


E assim, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe, continuaremos a contemplar-nos, cada um de um lado do Oceano, cada um com as suas especificidades e também afinidades.

Esperemos que o futuro traga boas novas a Portugal e ao Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




São os desejos óbvios de um luso-(afectivamente)brasileiro...



Fiquem bem

Beijos

13 de abril de 2008

Ilusões "da" óptica


Ás vezes dou por mim a pensar...
Sim! Acontece com alguma frequência. Distraio-me um bocadito apenas... desligo da conversa que estou a ter, ou esqueço a música que estou a ouvir e lá estou eu embrenhado nas movediças areias do meu intelecto. E penso...
Depois dizem que sou aluado, despistado, distraído etç. Em (boa) parte é verdade; eu gosto de "viajar"!

Porque é sem dúvida impossível viver neste mundo se não gostarmos minimamente dele (a menos que pertençamos a uma seita satânica ou assim rs) . Mas a verdade é que não há assiiiim tantas coisas que nos confortem aqui neste planeta: os amigos, alguns lugares, as manifestações de boa arte (por musica, filme, video..), o Amor claro!, algumas imagens e coisas que fazemos e enfim "pequenos nadas" -os prazeres da vida em geral...

Fora isso, um dos poucos portos seguros que temos é, na maioria dos casos, o "nosso mundo" interior. Aí sentimo-nos sempre confortáveis, em casa. Por isso, é inevitável que, por vezes tenhamos de nos fechar sobre nós próprios, como uma tartaruga se fecha na carapaça -e já há muito, Freud dizia que isto é uma das mais básicas e instintivas formas do homem se proteger contra o mundo que o rodeia e suas ameaças e perigos.
Logo, nada mais natural... Pensar é natural e saudável, e os momentos que passamos mais introspectivos são naturais, diria essenciais também. Tudo está em saber utilizar esse escape e conciliar isso com a vida social, saber quando "sair da casca" e quando "ficar em casa" é uma das lições mais importantes a aprender. Essa harmonia, esse equílibrio -fundamental para se poder ter alguma paz interior, vai-se conseguindo ao longo dos anos e é um processo dinâmico e que varia quase de dia para dia -há dias em que sentimos mais necessidade de parar para pensar, outros em que tudo o que precisamos é de uma boa dose de vida "vivida"!!! E assim também a medidada da nossa felicidade (a que temos, ou julgamos ter) e dos nossos objectivos também varia bastante com o passar do tempo. E como os dias não são, nem podem ser, todos iguais, também não adianta fazer esboços de um dia perfeito, daquilo que julgamos que podemos passar o resto da vida a fazer e ser felizes -deixaria de o ser uma semana depois, porque a essa "felicidade" também está em quebrar as rotinas, em diversificar, em não cair na monotonia da repetição de dias, como se fôssemos uma máquina de "fabrico de dias" em série... E ainda porque também nós mudamos com os dias, mudamos algumas ideias, aprendemos outras, crescemos, alteramos a ordem de alguns objectivos de vida rs
Por isso, tudo começa geralmnente com um sonho de ser Bombeiro, Polícia, ou Astronauta ou no meu caso, descobridor de tesouros rsrsrs, e acaba de 1001 maneiras!!!!!

Mas ainda não disse o que queria dizer, o "tal" pensamento que me fez vir aqui partilhá-lo.

Há dias dei por mim a pensar em algo que é recorrente, mas que é sempre diferente de cada vez que penso nela, como eu sou diferente a cada vez que penso. É o seguinte: pensei em como todas as grandes coisas que acontecem, todos os nossos grandes projectos e peripécias, tudo em geral está assente em bases tão frágeis, em meras coincidências, em factos irrelevantes, coisas simples, acontecimentos supérfluos, acções que julgamos serem nulas, mas podem ter importância - e é impossível controlar isso.
É a ideia base do "Efeito Borboleta"; por exemplo se certo dia um simpático senhor escocês de nome "Presley" em vez de ter ido a casa de um amigo, tivesse ido a outro lado, talvez tivesse conhecido uma simpática senhora, e logo surgindo uma paixão arrebatadora, nunca teria emigrado para os EUA e, logo, Elvis Presley nunca teria nascido como o conhecemos e logo a música hoje poderia ser (seria) totalmente diferente e por isso, todos nós também seriamos diferentes pois o mundo seria diferente (ou não)... Enfim não sei... Mas o que interessa é ver como a opção do Sr.Presley, antepassado de Elvis, numa certa noite do séc XVIII pode ter mudado o mundo de hoje.

Tudo muito complexo não é?
Ás vezes as coisas saem-me ao contrário... Imaginem que a ideia base deste post era "A importância de simplificar a vida" e saiu isto, talvez não muito congruente com essa ideia, quer dizer, depende de como se interpretar: se pensarem que por vezes os nossos gestos que pensamos serem grandes e importantes são insignificantes e outros aparentemente sem interesse podem definir o futuro sem nos darmos conta, como se a maneira como por vezes vemos as coisas e as classificamos em relevante e irrelevante não passasse de uma ilusão de óptica, um critério a precisar de reforma, uns óculos com graduação errada... Aí concluímos que o melhor mesmo........ é assobiar:

Don't worry, be happy

Beijos e muitas coisas boas para todos

7 de abril de 2008

Nostalgia

Hoje convidaram-me para ir tomar um copo ao Tavernier. Recusei. Direitos Reais tem começado a fazer parte do meu vocabulário, e o tempo já não é assim tanto (objectivo - queima das fitas 2008 )


Já não vou lá há bastante tempo. No primeiro semestre íamos todos lá, sempre às quartas. Lembrei-me então que foi por essa altura que escrevi um texto sobre esse bar, para uma aula de francês. O intuito era dar vontade a quem lê-se de visitar o lugar escolhido por nós. Ao lê-lo agora, tenho a certeza que exagerei um pouco, mas acho que é normal deslumbrarmo-nos com coisas novas que, quando geram um certo tipo de habituação, mesmo continuando boas perdem algum do seu brilho inicial.


Le Tavernier…


Le Tarvernier est un bar qui se trouve à Ixelles, dans le quartier de l’ULB près du cimetière et on peut y aller dès l’après midi parce qu’il est déjà ouvert. Toutefois à ce moment là il n’y a pas beaucoup de gens, alors si vous cherchez d’amusement, il faut arriver seulement le soir, où vous trouverez plus de personnes.


À l’instar de tous les autres bars dans ce quartier les étudiants sont la majorité des clients, mais au
Tavernier vous pouvez faire la connaissance avec plus de nationalités parce que c’est l’endroit d’élection pour les Erasmus. Mais faites attention, si vous avez un horaire souple, vous devrez y aller le mercredi où il aura un surcroît d’étudiants. Et pourquoi le mercredi demandez-vous ? Parce que ce jour là le Tavernier nous offre une géniale initiative qui s’appelle le « Jazzbreak ».Ce sont douze concerts de plusieurs groupes musicaux qu’on peut écouter pendant trois mois chaque mercredi à 22.30, et seulement pour 5 euros on a accès à tout cela.


Cette grande initiative fait bien sûr la différence pour le Tavernier. Cependant, le succès de ce bar n’est pas seulement dû aux concerts. Là-bas, nous pouvons aussi trouver une parfaite harmonie à l’intérieur avec une décoration assez intéressant et même quand le dj n’est pas là, la musique d’ambiance offre une atmosphère fantastique et très agréable.

Il faut aussi que je vous parle d’une autre attraction qui depuis longtemps emmène les gens vers ce lieu spécial. Le fameux thé à la menthe fraîche, qui est toujours disponible et qui a entraîné au Tavernier la reconnaissance qu’il sans aucune doute mérite. Donc, il faut l’essayer et vous verrez assurément le pourquoi de tant succès de cette maison.

À partir de la, nous pouvons conclure que cet endroit avec sa musique et l’assortiment de couleurs qu’il y a partout et aussi avec son esplanade fait du Tavernier un lieu impossible à manquer si vous venez à Bruxelles.

Nuno, 9.30 le mercredi

Mais e melhores informações no próprio site http://www.le-tavernier.be/

5 de abril de 2008

Sugestões


Hoje vi um filme que gostei bastante e decidi postar sobre ele, já que há tempos que não actualizo o blog. Aos que vêm aqui de vez em quando, desculpem o desleixo... A verdade é que não tenho tido muito tempo, tenho andado numa correria (ás vezes mais psicológica que física) e quando tenho tempo e net, isso nem sempre "rima" com a inspiração e por não tenho dito nada. Mas agora acho que posso voltar a tratar do blog com mais carinho novamente.... E o Desalinhado, claro, também aparece quando pode, é bemvindo, para nos brindar com os seus comentários "espectaculares" :P (Abraço!!!)

Quanto ao Memento, gostei do filme e acho que, não sendo nem de perto nem de longe "de excepção" ou brilhante, vale a pena ver, é BOM... É um filme, dentro do género de acção/suspense/thriller, com alguma originalidade, e bem realizado. A abordagem da linha temporal de forma pouco convencional é um traço marcante e um dos pontos fortes do filme... Esse tipo de filmes, que seguem uma linha temporal não linear sempre me agradou (lembro-me automaticamente de, pelo menos, o Dejá Vu e o The Butterfly effect) e de facto, essa construção temporal é O argumento mais forte que Memento tem, pois a história em si (acerca de um homem que após assassinarem a mulher passa a sofrer de uma espécie amnésia traumática de curto prazo, mas procura encontrar o criminoso, recorrendo para isso a um peculiar método de organização que lhe permite contornar e atenuar os efeitos e impactos da amnésia para poder obter as respostas que procura) é interessante e minimamente original mas não chega para fazer dele um filme que valha a pena...
Assim, imaginando que pegava nas 20 peças do puzzle e as juntava na ordem correcta, acho sinceramente que o filme poderia ser bastante desinteressante. Logo, conclusão forçada a que já tinha chegado no ínicio, a "fragmentação" do filme e da história é que o torna especial e assim, digno de um post.


Outra sugestão culturalmente relevante, quando não tiverem assim nada de mais para ver na net, dêem um saltito ao site da World Press Photo
(Aqui) http://www.worldpressphoto.org/
e apreciem algumas das boas obras fotográficas que se fazem ou fizeram nos últimos tempos (galeria WPP 2008), ao mesmo tempo que vamos viajando pelo mundo e recordando talvez episódios marcantes mas já esquecidos em nós; e acima de tudo, reflectindo e aprendendo a cada nova fotografia!!!
Uma espécie de compacto-dos-telejornais-mundiais-dos-últimos-50 anos-via-fotografia-com uma-grande-pitada-de-arte-a-acompanhar (Porque também, além do concurso 2008, podemos ver os vencedores do últimos 50 anos)

Beijos e tudo de bom para todos
Inté