25 de outubro de 2008

Always look on the bright side of life

Um pouco de humor no futebol...
Porque andar pelo youtube pode levar-nos a pequenas pérolas como esta.

24 de outubro de 2008

Coisas que não mudam...

Foi há 80 anos..
Foi a semana passada...
Foi (h)ontem...

- Foi há 80 anos??
Não foi na semana passada?
- Foi ontem!!!

P.S- Agora que escrevo apercebo-me...
É de mim ou há algo nesta palavra ("foi") que é absolutamente parvo?????

"Foi"??
É uma palavra, que enquanto palavra é absolutamente rídicula, algo naquela junção F-O-I não combina bem, como camisas aos quadrados com blazers ás riscas.
Parece um "Boi" a quem cortaram os corninhos do "B".

Não a sério... há algo na palavra "Foi" que não está bem. Só pode.
Ou eu estou com 40 de febre... Talvez seja disso.
Esperem aí.
Naaa. Está mesmo tudo bem, uns modestos 37.5. Mas obrigado pela preocupação.

Enfim, no mundo das palavras "estúpidas em si mesmas", que tem apenas quatro habitantes, aposto que por esta altura as palavras "Trigonometria", "Pelúcia" e "Badalhoco" estão a tramar alguma para limpar o sebo ao "Foi"...
E assim, poderemos dizer:
"Esse já FOI"

(Desculpem qualquer coisinha e voltem sempre!!! Melhores posts virão... inevitavelmente.)

18 de outubro de 2008

E já agora...

Em relação ao post anterior... acho que é indispensável ver este video também!!!!

O som d'hoje... Cérebro Eletrônico - Pareço Moderno

Uma grande música não tem de ser bonita... não tem de ser perfeitinha, harmoniosa, nem tem grandes versos, um refrão orelhudo ou uma batida viciante...
Há pequenas grandes músicas que são sublimes na sua imperfeição. Neste caso, até podemos dizer esquizofrenia.
Mas é uma das melhores músicas que tenho ouvido!!!
Eu gosto de quase toda a música que não inclua metal, ópera e fado (confesso...). Da comercial à alternativa, da mais convencional e sóbria à mais estranha e louca, como esta e como é caso de muuuitas bandas alternativas brasileiras, como o movimento do "manguebit" que é das coisas mais insanas e criativamente férteis que já ouvi.

A avaliar por este single, estes ("Cérebro Electrónico)prometem... aguardam-se cenas dos próximos capítulos. E uma aparição aqui por terras lusitanas.

MUITOS PARABÉNS!!!!!!!

11 de outubro de 2008

Importa-se de repetir, Sr.Kant???


" De todas as coisas que é possível conceber neste mundo, e até mesmo, em geral, fora dele; nenhuma há que sem restrições possa possa ser considerada boa, a não ser uma só: uma Boa Vontade. "


Immanuel Kant in Fundamentação da Metafísica dos Costumes, 1785

Definitivamente, Kant desconhecia muita coisa.
A começar por Gisele Bundchen...

10 de outubro de 2008

Try a different angle guys!!!!

Depois de um episódio d'"Os Contemporâneos", com o sempre espectaculaaaaaaaaaar Bruno Nogueira, uma referência pessoalmente incontornável na arte da graçola em português; nada mais indicado do que deixar-me ficar pelo sacana do sofá a preguiçar (hoje dormi 4 horas tá?) e, assim, seguir o que a grelha da RTP decidiu reservar para nós...
Ora sucede que logo após o programa do Bruno e Cª. , começou outro e ainda mais cómico, o improvável "Corredores do Poder".
E o que pode haver de tão engraçado em juntar cinco pessoas de diferentes filiações partidárias para conversar um pouco sobre o país???
É simples... É que é como perguntar a cinco daltónicos a cor da camisola da D. Ermelinda...
E isso pode ser extremamente engraçado???
Pode.

Não é bonito, não... Aliás, é até meio trágico-cómico este espectáculo... Enquanto um vê a camisola assim numa tonalidade verde-tropa, outro jura que é azul-bebé; já este garante que é laranja, mas áquele parece-lhe mais lilás, e o último, sei lá, diz que é de cor de burro a fugir das abelhas num dia de chuva. E todos eles convencidíssimos (aparentemente) de que têm razão.
Neste fabuloso programa, que só depois se percebe que é apropriadamente colocado após "Os contemporâneos" (Uma grande jogada!!!;) Seus marotos da programação da RTP...) podemos ver como cinco pessoas, cinco portugueses na plena posse das faculdades oculares podem ter cinco visões totalmente diferentes e incompatíveis do nosso país e, em geral, de tudo... Para cada assunto é certo, haverá 5 posições específicas. Para cada análise, haverá 5 conclusões contraditórias.
E eu penso... Mas esta gente vive toda no mesmo país ou será que temos aqui um Espanhol, um Uzbeque, um Congolês, um Jamaicano e um Timorense a falar em alemão sobre queijo Suíço, as chuvas ácidas de Vénus, e a natureza da condição humana actualmente?
E depois penso no mais irritante... É que, assim à priori, qualquer pessoa sabe, como diria o bom tuga "de gingeira" o que é que cada um deles vai dizer acerca disto e daquilo. E não há surpresas, nunca.
Assim podemos ter a segurança de saber que para o PS o país há de estar sempre no bom, óptimo, caminho; que para o PSD, Portugal assim vai acabar em aproximadamente 30 meses... Dos outros 3sabemos que, haja o que houver, PCP, BE e PP hão de sempre olhar para a mesma sondagem e cada um deles vê um esmagador sucesso do seu partido. E que mais depressa vemos o Barack Obama a cantar Fado numa tasca qualquer do que o PP a admitir a (heresia!!!) do casamento homossexual, que para o PCP a União Soviética há de ser sempre o exemplo da democracia, por muito que, por acaso, jamais tivesse realmente havido sequer um 2º partido, e ainda acrescentamos uns milhõezitos de mortes que ninguém faz a míiiinima ideia como aconteceram. E para o Bloco, bom, descontando que já estou criativamente exausto e sem ideias, sabemos que hão de sempre jurar que o Mao Tsé Tung e o Buda eram irmãos ou assim (aposto que esta pegava depois de legalizarem as drogas leves...). :P

Mas a sério... Será que não há maneira de estes senhores olharem para... suponhamos, uma vaca e dizerem em uníssono:
- É uma vaca!!!

e não:

-É um Ovni!!
-Não, desculpe mas aquilo é um par de meias!!!
-Não, é claramente uma bússola!!!
-Meus amigos lamento mas aquilo é uma fatia de bolo de mármore ressequida!!!
-Ah!!! Essa é boa, entao vocês não veêm que é só um piaçaba!!!!

(E nós, os 9.956.000 de portugueses que têm a sorte de ver mais-ou-menos bem, lá temos de contemplar a vaca, de braços cruzados, como um boi a olhar para um "vacalácio" ahahah.)

Tem piada, mas não deixa de ser algo triste também não é?
Eu nunca hei de perceber totalmente a lógica casmurra dos sistemas políticos.
E enquanto não decido se isto é pra rir ou para chorar, e já que a vida é curta, vou escolhendo a 1a opção!!! De resto, torna tudo, pelo menos mais suportável e até, divertido.
Mas continuarei sempre a acreditar que possam ser pessoas , e não partidos, a governar... Assim, venha de onde vier, se surgir alguém competente e honesto, avisem-me, tenha andado à procura!!! Não agora a sério... Eu, ainda assim, acredito!!!
Aliás, a Sociedade Individual, por muitos rasgos de pseudo-pessimismo, nunca conseguiria disfarçar a sua natureza optimista... Ela, lá no fundo, acredita quer na Sociedade, quer no indivíduo.
Acima de tudo é um espaço livre e carente de opiniões diferentes ou iguais!!!!!!!!
Com uma única certeza... Nada deve ser levado demasiado a sério.

4 de outubro de 2008

It's been a long, long time...

Desde o último post já passou mais de um mês (!)
Entretanto, as férias acabaram, a poeira assentou, e, enquanto pensava nas mil e uma decisões que tive de tomar este mês, o blog comemorou o 1º aniversário!!!!
A todos os ilustres visitantes que mais ou menos ocasionalmente aparecem por cá. um muito obrigado. A "Sociedade Individual" é de todos, por isso toda a gente é bem vinda.
Para o futuro, espero escrever muito mais posts, e ter muitos mais comentários... Vamos ver.
Quanto a esta ausência silenciosa devo sossegar as almas inquietas: Não.. Eu não adoeci, não emigrei, nem me esqueci do blog!!!! Apenas não tive realmente oportunidade nem inspiração nestas semanas super corridas que passaram. Espero que não volte a estar calado tanto tempo.

E de que falar hoje??? Bom... E que tal falar do"Crash"?? O super premiado filme de Paul Haggis , que eu só hoje, três anos depois, "visionei"...
É um filme brutal e poderoso a todos os níveis. Uma análise social crua, cruel. Haggis atira-se a analisar o homem, tal como o conhecemos hoje, tendo como pano de fundo a sociedade americana e os problemas sociais que a variedade cultural por vezes provoca. A temática do preconceito e do racismo é uma constante ao longo do filme, é, por assim dizer, o tema do filme.


A forma como as personagens se ligam, se aproximam e afastam, as histórias se cruzam e de como, no fim, as conclusões mais importantes a tirar parecem ficar a cargo de quem vê o filme, e não tanto de quem o faz... Tudo é sublime neste filme, o que cria um contraste com o próprio filme, onde as coisas não são perfeitas, não são harmoniosas, não são bonitas, não são ideais, mas bem reais.
A análise fria que Haggis faz e as conclusões a tirar deste filme conduzem a um enorme pessimismo antropológico... Mas só para quem eventualmente seja ingénuo ou demasiado distraído. A verdade é que hoje, já longe das convicções de Rosseau, mas também já distante das concepções Shoppenhauer, é urgente entender que o mundo é um sítio muito pequeno, mas onde as diferenças, entre pessoas, culturas etç são uma constante inevitável (e ainda bem...) e que, mais que tudo, há que aceitar e defender!!!!
Hoje já não há mais uma fronteira nítida entre os conceitos, entre os bons e os maus, os certos e os errados, os civilizados e os selvagens, os oprimidos e os opressores... No mundo de hoje, ao mesmo tempo que a globalização torna as pessoas, os gostos e as vidas cada vez mais homogéneas, há algo que parece pulsar dentro de cada um de nós e apelar à diferença, à rebeldia, ao inconformismo face ao estado das coisas. Tudo o que podemos perceber e captar, é sempre menos do que seria desejável, isto é, é impossível julgar que caminhamos na direcção correcta, que temos as ideias certas, ou as respostas para tudo. É insustentável admitir que a razão está sempre do nosso lado, porque não pode estar... E assim, de erro em erro, vamos passando pela vida, errantes...
Provavelmente não somos donos de nada. Nem das coisas, nem das verdades, e, por vezes nem de nós próprios. Provavelmente somos mais pequenos e insignificante do que julgamos. Provavelmente não estamos sós no Universo. Provavelmente não estaremos aqui daqui a 100 anos.
Quem tiver a humildade de compreender isso (de perceber que no mundo há coisas boas e coisas más, há luz e escuridão, há prazer e dor, e que tudo convive lado a lado) não terá problemas nem se assustará em demasia, quando de repente é posto em contacto com uma obra de arte poderosa como "Crash"!!! Para os outros, enfim, talvez seja só o começo de mais uma paranóia -tal como acontece, no filme, com Jean Cabot (Sandra Bullock) -será uma premonição ou apenas coincidência?
E a arte, convém não esquecer tem um papel social muito importante!!!!
Recomendo a toda a gente que vejam, se ainda não viram "Crash - No limite"!!!

Hasta....