16 de fevereiro de 2008

Livro do momento

Hello animadas figuras do mundo virtual. Decidi que vou passar a fazer uma crítica, ou melhor uma crítica não, que não me sinto habilitado para essa aventura, será mais uma opinião sobre o último livro que li.
Ando a ressuscitar este hábito, da leitura que deveria antes ser um vício. Durante alguns tempos (chamar-lhes-ei tempos de obscuridade) o meu contacto com os livros, foi mais na base do “marranço”, força das obrigações universitárias, que todos os que escolhem esse longo (mais curto agora, ao que parece, fruto do processo de Bolonha) caminho do ensino superior têm de enfrentar.

Não que não tenha gostado da forma simples como Freitas do Amaral trata do direito administrativo, ou da preeminência com que Mota Pinta expõe o direito civil, mas hão-de concordar comigo que, ler um livro com tempo limitado e tendo como objectivo, o saber responder correctamente ao que nos for questionado sobre ele, é completamente diferente do ler para nós. Ler quando queremos, sem termos de nos preocupar interiormente a seleccionar as partes que nos parecem mais importantes.

Simplesmente Ler. Ler pelo prazer e porque nos apetece. Porque gostamos e porque nos sabe bem e, mesmo que o livro não vá de encontro às nossas expectativas, instruímo-nos. Pois no dia em que nos deitarmos sem termos aprendido nada, por mais insignificante que essa aprendizagem possa parecer (parece-nos), não vivemos esse dia. ~

Assim não vou chamar a esta opinião “livro do mês”, pois obviamente há livros que se demora mais ou menos tempo a ler, e não queria ficar obrigado a emitir uma opinião mensal sobre um livro, pois obrigação e leitura nunca combinaram muito bem. Tão menos arriscaria a usar clichés, tais como “livro de cabeceira”, pois um livro não pode ser de lugar nenhum, bem talvez da biblioteca mas mesmo aí, o podemos requisitar. Um livro é de onde nós quisermos levá-lo, e é essa a sua vantagem. Por isso decidi chamar-lhe “livro momento”. Sendo que momento obviamente não significará moda. Não vou opinar sobre o livro da moda ou o livro que neste momento está mais em voga e afins porque, além de não me interessar seria sempre bastante subjectivo, mas pode acontecer.

Simplesmente o livro do meu momento, o livro que acabei de ler. Sem nenhum critério como “best-seller” ou prémio Nobel, apenas o livro que me aconselharam, que me ofereceram ou que me apeteceu pegar naquele instante, momento.
Ao contrário de obrigação, ler rima mesmo é com apetecer.

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