25 de março de 2008

Vira o disco e toca o mesmo...

Já que estamos numa de filmes, e que grande essa obra chamada Pulp Fiction, no meu top 5 sem dúvida…top 3? Talvez. Melhor filme? não sei, mas anda perto.

Michael Clayton. Nomeado para 9 Óscares creio, este filme desilude. Desilude em termos de história argumento. Nada de novo. A grande empresa que com investimentos de milhões, acarreta sempre um prejuízo para alguém, ou então o seu novo produto tem algum ínfimo defeito que de todas as formas tenta ser escondido é algo que já por inúmeras vezes foi explorado nos filmes de Hollywood.

Se a isso juntarmos a clássica cena de um escritório de advogados, que não olha aos meios como paga as rendas e os salários, então a lista de filmes que já abordaram o tema começa a ser gigantesca. Mais, o estereótipo da entidade que está lá sempre, pronta para fazer o trabalho sujo é algo que já andamos fartos de ver.

Não digo que um filme tenha de primar pela originalidade, porque não tem. Só que neste caso são demasiados elementos já super utilizados que quando acumulados não resultam. E não resultam pois já todos sabíamos Tom Wilkinson iria acabar por morrer, e que a empresa iria ser apanhada. Então essa cena quando Clooney consegue a confissão de Tilda Swinton, alegando uma mentira quando ao mesmo tempo grava com o telemóvel, ou então está em linha com a polícia….Isso sim é um clássico, talvez não com o telemóvel, sinais dos tempos modernos, mas com um gravador escondido…Hum?

Salva-se a representação. Clooney está muito bem no meu entender e o resto da maioria das representações estão a muito bom nível, também não se percebe como se justifica o Oscar para Tilda Swinton mas…passa, Agora é sempre bom ver Sidney Pollack representar, sempre com a sua classe. É pena que o enredo não lhes permita brilhar um pouco mais. Esta luta entre David e Golias, muito melhor conseguida por exemplo em Erin Brokovich, não faz deste filme algo que nunca se tenha visto, nem chega a ser algo que valha a pena ver num domingo á tarde. No meu entender nem aí chega. Quanto aos actores podemos vê-los em filmes muitos melhores que Michael Clayton.

Percebe-se que não tenha ganho o Óscar para melhor filme, não se percebe é que tenha sido nomeado.

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