13 de abril de 2008

Ilusões "da" óptica


Ás vezes dou por mim a pensar...
Sim! Acontece com alguma frequência. Distraio-me um bocadito apenas... desligo da conversa que estou a ter, ou esqueço a música que estou a ouvir e lá estou eu embrenhado nas movediças areias do meu intelecto. E penso...
Depois dizem que sou aluado, despistado, distraído etç. Em (boa) parte é verdade; eu gosto de "viajar"!

Porque é sem dúvida impossível viver neste mundo se não gostarmos minimamente dele (a menos que pertençamos a uma seita satânica ou assim rs) . Mas a verdade é que não há assiiiim tantas coisas que nos confortem aqui neste planeta: os amigos, alguns lugares, as manifestações de boa arte (por musica, filme, video..), o Amor claro!, algumas imagens e coisas que fazemos e enfim "pequenos nadas" -os prazeres da vida em geral...

Fora isso, um dos poucos portos seguros que temos é, na maioria dos casos, o "nosso mundo" interior. Aí sentimo-nos sempre confortáveis, em casa. Por isso, é inevitável que, por vezes tenhamos de nos fechar sobre nós próprios, como uma tartaruga se fecha na carapaça -e já há muito, Freud dizia que isto é uma das mais básicas e instintivas formas do homem se proteger contra o mundo que o rodeia e suas ameaças e perigos.
Logo, nada mais natural... Pensar é natural e saudável, e os momentos que passamos mais introspectivos são naturais, diria essenciais também. Tudo está em saber utilizar esse escape e conciliar isso com a vida social, saber quando "sair da casca" e quando "ficar em casa" é uma das lições mais importantes a aprender. Essa harmonia, esse equílibrio -fundamental para se poder ter alguma paz interior, vai-se conseguindo ao longo dos anos e é um processo dinâmico e que varia quase de dia para dia -há dias em que sentimos mais necessidade de parar para pensar, outros em que tudo o que precisamos é de uma boa dose de vida "vivida"!!! E assim também a medidada da nossa felicidade (a que temos, ou julgamos ter) e dos nossos objectivos também varia bastante com o passar do tempo. E como os dias não são, nem podem ser, todos iguais, também não adianta fazer esboços de um dia perfeito, daquilo que julgamos que podemos passar o resto da vida a fazer e ser felizes -deixaria de o ser uma semana depois, porque a essa "felicidade" também está em quebrar as rotinas, em diversificar, em não cair na monotonia da repetição de dias, como se fôssemos uma máquina de "fabrico de dias" em série... E ainda porque também nós mudamos com os dias, mudamos algumas ideias, aprendemos outras, crescemos, alteramos a ordem de alguns objectivos de vida rs
Por isso, tudo começa geralmnente com um sonho de ser Bombeiro, Polícia, ou Astronauta ou no meu caso, descobridor de tesouros rsrsrs, e acaba de 1001 maneiras!!!!!

Mas ainda não disse o que queria dizer, o "tal" pensamento que me fez vir aqui partilhá-lo.

Há dias dei por mim a pensar em algo que é recorrente, mas que é sempre diferente de cada vez que penso nela, como eu sou diferente a cada vez que penso. É o seguinte: pensei em como todas as grandes coisas que acontecem, todos os nossos grandes projectos e peripécias, tudo em geral está assente em bases tão frágeis, em meras coincidências, em factos irrelevantes, coisas simples, acontecimentos supérfluos, acções que julgamos serem nulas, mas podem ter importância - e é impossível controlar isso.
É a ideia base do "Efeito Borboleta"; por exemplo se certo dia um simpático senhor escocês de nome "Presley" em vez de ter ido a casa de um amigo, tivesse ido a outro lado, talvez tivesse conhecido uma simpática senhora, e logo surgindo uma paixão arrebatadora, nunca teria emigrado para os EUA e, logo, Elvis Presley nunca teria nascido como o conhecemos e logo a música hoje poderia ser (seria) totalmente diferente e por isso, todos nós também seriamos diferentes pois o mundo seria diferente (ou não)... Enfim não sei... Mas o que interessa é ver como a opção do Sr.Presley, antepassado de Elvis, numa certa noite do séc XVIII pode ter mudado o mundo de hoje.

Tudo muito complexo não é?
Ás vezes as coisas saem-me ao contrário... Imaginem que a ideia base deste post era "A importância de simplificar a vida" e saiu isto, talvez não muito congruente com essa ideia, quer dizer, depende de como se interpretar: se pensarem que por vezes os nossos gestos que pensamos serem grandes e importantes são insignificantes e outros aparentemente sem interesse podem definir o futuro sem nos darmos conta, como se a maneira como por vezes vemos as coisas e as classificamos em relevante e irrelevante não passasse de uma ilusão de óptica, um critério a precisar de reforma, uns óculos com graduação errada... Aí concluímos que o melhor mesmo........ é assobiar:

Don't worry, be happy

Beijos e muitas coisas boas para todos

3 comentários:

Magda Joele disse...

Heeeey, passadinha voando por aqui!
Já sei que tem blog, volto com mais calma depois!

Mas pelo "vizu" gostei bastante!

Beijão!

F3 disse...

Ó Tiago!!! Tu és uma mente brilhante, mesmo, amigo!!!!Já fiquei feliz pelo pouco que li!!! (ainda estou sem o PC! Aqui, nestas impessoais "Lan houses"!!! rs) Volto sempre!Aqui há luz e um homem!!! rs Como diria o mestre e filósofo,Diógenes!!! rs /Ah! E meu orkut:http://www.orkut.com/Home.aspx Até, amigo e irmão lusitano!!!

Anônimo disse...

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