9 de fevereiro de 2008

2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sábado...

Domingos. Não gosto de Domingos. O Domingo só tem razão de existir a seguir a uma noite de Sábado. Ao Domingo não produzo. Não produzo porque também mais ninguém produz. O Domingo só faz sentido em férias, porque aí não é Domingo, mas sim um dia como os outros. É um Sábado incompleto em que já é Segunda quando começa a cair a noite. Se saio de casa está tudo fechado, porque ninguém produz ao Domingo, mesmo quem trabalhe em algo que possa ser feito ao Domingo, descansa porque é Domingo, e os Domingos são para descansar. No abstracto até poderia ser um bom dia mas ele aparece logo a seguir a um Sábado (e como eu gosto de Sábados) e antes de uma Segunda, por isso este dia é apanhado aqui no meio e nem chega a ser carne nem peixe porque sabemos que o Sábado já lá vai e amanhã começa a semana. Logo não se faz nada ao Domingo, pelo menos por inteiro, deixamo-lo tranquilamente passar, mas sempre com aquela voz na consciência que não se cansa de nos repetir “está a acabar o fim-de-semana”.

E quando realmente temos algo que fazer aos Domingos, está tudo fechado, (se calhar ainda podemos ir ao…- está fechado! Ah tens razão...é Domingo) e se por acaso temos de ir algum lado há sempre o estereótipo do “domingueiro” que nunca tem pressa para nada, e tem razão, porque é Domingo. Só gosto do Domingo quando começa a seguir á meia-noite de Sábado, mas porque aí ainda não parece Domingo, e ainda não o é verdadeiramente, é sim um Sábado prolongado.

Esta pequena indignação, não significa que queira acabar com os Domingos, pois podem dar jeito, mas essa hipótese que realmente é verosímil, não me faz passar a gostar deles e por isso não escrevo este texto a um Domingo, mas sim a uma Sábado porque ao Domingo, não se produz.

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